Pior qualidade do sono favorece uma maior recepção dolorosa

Na presença de dor aguda, o próprio desconforto leva ao aumento da latência para o sono além de torna-lo superficial e fragmentado. Ocorre uma relação direta onde a dor compromete a qualidade de sono.


Quando a condição dolorosa se estende por mais de três meses adquirindo aspectos de cronicidade, ocorre também o comprometimento crônico da qualidade do sono levando a: alteração de humor, aumento dos níveis de estresse, estado clínico pro-inflamatório e comprometimento das funções do sistema imunológico.


Da mesma forma, a restrição crônica de sono acarreta a diminuição do limiar de dor, diminuição dos mecanismos de analgesia, além de potencializar os mecanismos de hiperalgesia. Estudos atuais sugerem que a baixa qualidade de sono afeta, principalmente, a via descendente de dor.


A dor crônica apresenta uma relação bi-direcional e cíclica com a baixa qualidade de sono.


Considerando ainda que medicações para controle de dor podem afetar o sono, e que medicamentos para melhorar a qualidade de sono a partir do controle da ansiedade, tem potencial para estimular parafunções e desencadear condições dolorosas, é fundamental que o profissional que se propõe a tratar Dor investigue a qualidade de sono e a farmacoterapia já adotada.


❗ Cuidado com o sobretratamento!!!


44% dos pacientes portadores de dor crônica apresentam distúrbios do sono.
37% dos pacientes portadores de dor orofacial apresentam insônia.
70% dos pacientes com dor relatam baixa qualidade de sono.


Melhorar a qualidade de sono é fundamental para o controle do paciente com dor crônica.

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